O Prêmio ARede Educa 2016, que está na 9ª edição, recebeu mais de 500 inscrições de projetos, entre os quais 220 foram classificados. Os 52 vencedores consistem em experiências e iniciativas públicas e privadas, de todos os cantos do país, do ensino básico (fundamental, técnico e médio) ao ensino superior (tecnológico e graduação).
Os trabalhos concorrentes forneceram um significativo panorama da inserção das novas tecnologias nos ambientes educacionais. Se pensarmos em um quadro da inovação em sala de aula, estarão refletidas no cenário as diferenças sociais e econômicas do país. As cores mais variadas e vibrantes estão nas regiões urbanas e ricas, nos centros universitários de excelência; enquanto o colorido perde força e diversidade nas áreas mais afastadas e nas redes de ensino menos privilegiadas. Isso quer dizer que, em geral, e com louváveis exceções, as tecnologias de ponta e as metodologias mais integradas às propostas pedagógicas predominam nas instituições privadas ou nas públicas beneficiadas por parcerias de peso.
Entre os dispositivos mais utilizados nos projetos, o destaque fica por conta do celular. A popularização da comunicação móvel aparece, nesse conjunto de boas práticas, como agente de estímulo e muitas vezes como a única possibilidade para viabilizar uma transformação no processo de aquisição de conhecimento. Apesar de inicialmente ter sido barrado no baile, e de ainda estar proibido em algumas escolas, o celular começa a ser encarado, em muitos locais, como alternativa à falta de infraestrutura de acesso à internet no ambiente escolar. São muitas as iniciativas que envolvem o equipamento eletrônico mais popular entre crianças e jovens, propondo estudos de conteúdos disciplinares a partir de funcionalidades básicas, como tirar fotos e gravar vídeos.
Outra tendência que se amplia e se consolida é a educação online. Pode-se agrupar nesse item tanto os recursos educacionais digitais (em especial, os abertos), quanto os ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs), onde estão disponíveis formações a distância. A produção de objetos educacionais – textos, áudios, videoaulas, infográficos, games, simulações – já passa a ser feita até mesmo por alunos, que criam, por exemplo, um aplicativo, e colocam na web ou nas lojas virtuais, para acesso livre e gratuito. Enquanto pensam no quê e para quem desenvolver o conteúdo, trabalham colaborativamente, envolvendo o estudo de diversas disciplinas simultaneamente. O ensino a distância (EAD) rompeu os preconceitos dos estudantes e do mercado de trabalho. Aumenta a participação desde em simples cursos – muitas vezes disponíveis até no YouTube – até em arquiteturas sofisticadas, com mecanismos de aprendizagem adaptativa, que detecta as deficiências do aluno e propõe planos de estudo.
Você vai encontrar reportagens sobre todos os projetos vencedores no Anuário ARede 2016-2017, disponível aqui em PDF.
Nas próximas semanas, as matérias serão publicadas em destaque aqui no portal. Vai conhecer histórias de gente que faz a diferença no setor mais estratégico para o desenvolvimento e para a soberania do país – setor que deve ser crescentemente mais valorizado, e receber cada vez mais investimentos, em vez de ser penalizado com políticas públicas restritivas, em detrimento de políticas propositivas, como o Plano Nacional de Educação (PNE). Mais do que isso, o propósito do Prêmio ARede Educa é também de que as experiências relatadas nesta edição do Anuário sejam inspiradoras para multiplicar as boas práticas do uso de TICs em favor da Educação.
Parabéns a todos e a todas que concorreram e em especial aos vencedores!
Prêmio Especial
RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS
1º Lugar: Campus Virtual
Cooperativa de Trabalho em Tecnologias Livres (Colivre)
2º Lugar: Cátedra Unesco em Educação Aberta
Núcleo de Informática Aplicada à Educação (Nied) da Universidade de Campinas (Unicamp)
3º Lugar: Conhecimento como bem público
Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp)
Destaque de inovação
STARTUPS
1º Lugar: Plinks
Joy Street
2º Lugar: FazGame
TecZelt
3º Lugar: Beenoculus
Beenoculus
SETOR PÚBLICO
Mídias sociais
1º Lugar: Agência de notícias Imprensa Jovem
Secretaria Municipal de Educação de São Paulo
2º Lugar: Blog Professora online e Professor web
Instituto Anísio Teixeira
3º Lugar: Projeto Transmídia – Trânsito carioca
Colégio Pedro II
Aplicativos
1º Lugar: GeoTouch
Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP)
2º Lugar: Insetário Virtual
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
3º Lugar: Meu Querido Mundo Mágico
EMEF Professor Olyntho Voltarelli Filho
Games
1º Lugar: Comenius
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
2º Lugar: Qual é o problema
Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e Studio ZYX
3º Lugar: Desenvolvimento de Objeto de Aprendizagem
Centro Federal de Educação Tecnológica – Nova Friburgo (RJ)
Programação
1º Lugar: Fab Social
Prefeitura de Guarulhos
2º Lugar: Projeto de Robótica Educacional Livre
Prefeitura de Santo Amaro
3º Lugar: Pequenos Cientistas
Escola Estadual Profa. Elza Facca Martins Bonilha – Campo Limpo Paulista (SP)
3º Lugar: Pró-Engenharias
Secretaria da Educação do Estado do Amazonas
Formação de professores
1º Lugar: Educação na Cultura Digital
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
2º Lugar: DTIC
Universidade Federal do Ceará (UFC)
3º Lugar: Formação com uso da plataforma Currículo+
Secretaria de Educação do Estado de São Paulo
Plataformas educacionais
1º Lugar: Experimentação Remota Móvel
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
2º Lugar: Ambiente Educacional Web
Instituto Anísio Teixeira e Secretaria de Educação do Estado da Bahia
3º Lugar: Vivências
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Infraestrutura
1º Lugar: Programa Escola Interativa
Secretaria Municipal de Educação de São José dos Campos
2º Lugar: Laboratório de Redes de Computadores
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN)
3º Lugar: Salas Multimídia
Prefeitura do Guarujá
EAD
1º Lugar: Diferença e Enfrentamento Profissional nas Desigualdades Sociais
Instituto Universidade Virtual (Iuvi)
2º Lugar: Edupesquisa
Secretaria Municipal de Educação (SME) de Curitiba e Universidade Federal do Paraná (UFPR)
3º Lugar: Pesquisar na Escola: a iniciação científica na educação básica
Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)
Sociedade Civil
Mídias sociais
1º Lugar: Comunicadores da Hora
Internet Sem Fronteiras
2º Lugar: Wikipédia
Faculdade Cásper Líbero
3º Lugar: Biblioarte lab
Casa da Árvore
Aplicativos
1º Lugar: Senai RA
Senai
2º Lugar: Libro
Libro
3º Lugar: Salve Mariana
Juliano Cristian Bonifácio
Games
1º Lugar: Un viaje por América del Sur
Colégio Bandeirantes
2º Lugar: The Last Drop
Oi Futuro
3º Lugar: Projeto Obra de Arte
Sabrina Quarentani
Programação
1º Lugar: Robotizando a Cultura Afro-brasileira e Africana
Casa de Cultura Ilé Asé d’Osoguiã
2º Lugar: Programática
Oi Futuro
3º Lugar: Superdotados e Robótica: aprendizado conforme Vygotsky
Wilson Roberto Pereira
Formação de professores
1º Lugar: Educonex@o
Instituto NET, Claro e Embratel
2º Lugar: Letramento em Programação
Instituto Ayrton Senna (IAS)
3º Lugar: Portal Mupi
Mupi
Plataformas educacionais
1º Lugar: WebLabs – Laboratórios Remotos
Instituto Mauá de Tecnologia
2º Lugar: Escolas Conectadas
Fundação Telefônica Vivo
3º Lugar: TIM Tec
Instituto TIM
EAD
1º Lugar: Educação e Participação em Rede
Cenpec e Fundação Itaú Social
2º Lugar: Comunidade Aprender Livre
Comunidade Aprender Livre
3º Lugar: Extensão em História da Arte – Grécia
Universidade Metropolitana de Santos (Unimes)